A Polícia Civil prendeu nesta quarta-feira (18) o tio que teria entregado a própria sobrinha para que fosse estuprada durante um ritual religioso na última sexta-feira (13), no Povoado Jacaré, em Penalva, a cerca de 253 km de São Luís.
A vítima, de 13 anos de idade, foi violentada por um homem que diz realizar 'trabalhos' para outras pessoas que desejam prosperidade financeira ou o trazer o cônjuge de volta. Em um desses pedidos, esse homem foi contratado pelo tio da vítima, que queria reatar o casamento com a ex-esposa. Para isso, seria necessário um 'ritual' que envolveria a adolescente, que acabou estuprada.
"O tio estava com problemas no casamento e teria pedido a esse homem para realizar um 'trabalho' que pudesse trazer a esposa de volta. Nisso, além de alguns materiais, como papel e limão, esse tio levou a própria sobrinha para a casa desse religioso e deixou os dois a sós. Nesse momento, ela foi estuprada", afirmou a delegada Paula Feijó.
Assim que soube do caso, a mãe da adolescente levou a menina para o hospital e a direção da unidade acionou a polícia. Equipes do Conselho Tutelar também acompanham o caso e a menina passou por cuidados médicos e psicológicos.
Ainda na sexta-feira (13), o religioso foi preso em flagrante no Povoado Vila Nova, em Monção, e encaminhado para uma Unidade Prisional de Ressocialização. A delegada também pediu prisão preventiva à Justiça do tio da vítima, que foi concluída nesta quarta (18), na cidade de Viana.
O tio da vítima tem 32 anos e já foi encaminhado para a Unidade Prisional de Ressocialização de Viana. Antes, prestou depoimento e disse que 'não sabia' que a menina seria estuprada. Ainda assim, a delegada Paula afirmou que ele foi autuado por participar do crime de estupro.
"Ao longo da oitiva ele nega ter conhecimento da violência sexual, mas confessa que levou a sobrinha à localidade. Inclusive, foi ele quem indicou a própria sobrinha. Ele também confirmou o pedido do 'trabalho' ao religioso para que pudesse reatar o casamento", disse a delegada.
Fonte blog do Carlos Barroso.