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“Eu que fui agredido pelo policial civil e prendê-lo doeu como cortar a própria carne”, relata sargento de Poção de Pedras
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Publicado em 23/04/2019

O episódio ocorrido na noite da última quinta-feira (19), envolvendo homens da Polícia Militar do 19º Batalhão, lotados em Poção de Pedras, e um policial civil da cidade de Caxias, tomou enormes proporções depois que vídeos foram divulgados em grupos de Whatsapp e blogs.

 
Nesta segunda-feira (22), o Comando Geral da Polícia Militar do Maranhão divulgou nota lamentando o episódio, pediu desculpas e afirmou que se trata de um caso isolado. O policial civil, conhecido como “Júnior Barbudo”, recebe apoio do Sindicato dos Policiais Civis do Maranhão. O caso está sendo investigado pela 14ª Delegacia Regional de Polícia Civil, em Pedreiras. Todos os envolvidos serão ouvidos no inquérito.

Ação

De acordo com informações, a PM de Poção de Pedras teria abordado o policial civil Júnior Barbudo na noite da última quinta-feira (18). Lotado em Caxias, Júnior passava a Semana Santa na cidade de Poção de Pedras em companhia de outro indivíduo. Ele é suspeito de causar baderna e perturbação ao sossego público, quando encostaram em determinado bar, abriram o som automotivo do carro em volume máximo, e teriam, ainda, realizado manobras bruscas nas vias, conhecidas como ‘cavalo de pau’.
Antônio Edson, o Júnior, afirma que foi vítima de truculência da PM de Poção de Pedras 
Por volta das 22h, a PM foi chamada para abordá-los. Não satisfeito, o policial civil foi à Delegacia de Polícia registrar B.O. contra a conduta dos PMs. Os vídeos que circulam em grupos de mensagens registraram a abordagem em frente a delegacia, que resultou na condução do policial civil no camburão da PM de Poção de Pedras.
PMs abordam policial civil em frente a DP de Poção de Pedras 
 
Diante da repercussão dos vídeos, o Sargento De Sousa, comandante do DPM local, se manifestou através do blog do Fernando Melo, sediado em Poção de Pedras.  Na versão do Sargento, ele é que sofreu agressão física e a guarnição foi ameaçada de morte por Júnior Barbudo.
 
Leia o relato surpreendente do PM que prendeu o policial civil.  
 
“A situação ocorreu na quinta-feira à noite, após várias denúncias de perturbação do sossego público (som automotivo), arrancada brusca, direção perigosa, cantando pneu...
 
A guarnição de serviço fez em primeiro momento uma abordagem na praça Nice Lobão, ao ser abordado, o mesmo identificou-se como um policial civil, diante da situação orientei que o mesmo fosse repousar, pois o mesmo apresentava odor e sintomas de embriaguez alcoólica, o mesmo saiu com um cidadão que andava com ele, logo depois a guarnição estava parada em frente ao Quartel, quando o PC chegou na delegacia de polícia batendo na porta, sendo atendido pelo carcereiro Raimundo, dizendo que queria registrar uma ocorrência contra a guarnição, chamando-os de BOSTAS, e que iria matar todos, diante da ameaça de morte a guarnição foi até o PC, que agindo por impulso, deu um chute na minha perna e tentou acertar um soco no meu rosto, agarrando ainda na manga da minha gandola, vindo a rasgar.
 
Diante da situação foi dado voz de prisão ao PC e sua companheira, sendo preciso fazer o uso de algemas para conter as agressões conforme os termos da SÚMULA VINCULANTE N° 11 DO STF. Logo em seguida liguei para o delegado titular de Poção de Pedras Dr. Périkles, informando todo o ocorrido, sendo então levado para ser apresentado para Dra. Silvana, delegada de plantão na Delegacia Regional de Pedreiras, onde foram tomadas as devidas providências. Doeu mais em mim, fazer uma condução de um policial; foi como “cortar na própria carne”.
Fonte blog do Carlinhos.
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