A polícia também ouviu depoimentos de parentes e descobriu que, na manhã de domingo, Elisandra estava feliz e não aparentava depressão ou tristeza. A família também informou que ela se despediu dos pais e disse que voltaria para casa porque tinha que fazer o almoço dos filhos.

Essas informações levaram a polícia a crer que alguém tentou simular o suicídio de Elisandra. O principal suspeito do crime passou a ser o ex-companheiro da vítima, Manoel da Silva Nascimento, de 30 anos, com quem ela vivia em união estável há seis anos. O relacionamento terminou de forma conturbada e ele não aceitava.

"O que fez a polícia acreditar na hipótese de feminicídio, e não em suicídio, foi a análise feita por nós ao chegarmos no local e no corpo da vítima, onde não encontramos sinais característicos do envenenamento, como vômito, diarreia, secreção na boca e na narina da vítima. Também observamos algumas lesões de defesa em sua mão, cotovelo e no seu rosto. Isso demostrava indícios de uma briga. Diante desses fatos, começamos a perceber que ali, na verdade, havia uma cena de crime montada tentando simular um suicídio, mas se tratava realmente de um homicídio. Como o principal suspeito era o ex-companheiro, estávamos diante de um feminicídio", contou o delegado de Barra do Corda, Renilton Ferreira.

Ainda segundo a polícia, Manoel era suspeito porque desapareceu após o ocorrido. A irmã dele também informou que ele havia saído de casa nervoso e sem responder o que iria fazer.